Jovem relata perseguição e ameaças do ex-marido em Jaboticabal: 'não acordo em paz'.


Poliana Monteiro diz que suspeito a persegue mesmo após 8 boletins de ocorrência e medida protetiva. MP cogita pedir prisão antes de conclusão de inquérito.

Há três meses, a cozinheira Poliana Monteiro de Oliveira, de Jaboticabal (SP), diz conviver com a sensação de estar com a vida em risco. Desde que se separou, a mulher de 21 anos afirma ser perseguida e ameaçada de morte pelo ex-marido, mesmo depois de registrar oito boletins de ocorrência contra ele e de obter da Justiça uma medida protetiva que o proíbe de se aproximar e de falar com ela.

Com medo de que algo aconteça com ela e sua família, Poliana pede a prisão preventiva dele. À EPTV, afiliada da TV Globo, ela enviou imagens em que um homem de moto, que seria seu ex-marido, a hostiliza na rua.

    "Eu não acordo em paz, nem eu nem minha família. A gente não dorme em paz e não acorda mais em paz aqui em casa. ninguém trabalha em paz, eu não posso me sentar no portão da minha casa, não posso sair. Eu sou coagida 24 horas, porque se eu sair alguém o avisa que estou passando", afirma.

Segundo o Ministério Público, o inquérito policial ainda está em andamento, mas um eventual pedido de prisão contra o suspeito pode ser solicitado antes disso.

"Tenho certeza. Diante do descumprimento reiterado das medidas concedidas à vítima, a gente com certeza vai analisar a hipótese da decretação da prisão preventiva. Hoje a lei prevê expressamente que o descumprimento de medida protetiva enseja a decretação de medida protetiva, isso está previsto expressamente no Código do Processo Penal", disse o promotor de Justiça Adnan Aparecido de Oliveira.

'Uma agressão atrás da outra'

Poliana relata que as agressões começaram há cerca de dois anos quando ainda estava casada e grávida do filho que teve com o suspeito, e prosseguiram sem denúncias até o término do relacionamento, quando ela decidiu deixá-lo.

    "A primeira vez que ele me agrediu, ele me jogou de um cômodo pro outro pelo pescoço. Dessa vez ele me pediu perdão e eu aceitei. Dali por diante ele veio fazendo outras vezes, mas eu tinha um filho pequeno e não tinha pra onde ir e fui aceitando. Foi indo e foi uma agressão atrás da outra e nunca registrei boletim de ocorrência até por isso acho ele nunca parou", conta.

Há três meses, a cozinheira afirma que se cansou e decidiu se separar do marido, que ficou obsessivo a partir de então, segundo ela. "Não é bem um basta, porque a gente não tem paz, ele não para de me agredir, onde ele me encontra sou agredida novamente."

A cozinheira afirma que a perseguição do suspeito mudou sua rotina por completo e a atrapalha inclusive no trabalho, para onde vai em horários diferentes para tentar evitar ser encontrada no caminho.




"Estou tentando ir em horários diferentes para ele não me encontrar, porque ninguém tem paz, ele liga lá pra ver se eu fui trabalhar", diz.

Poliana relata que a perseguição e as ameaças também acabam se estendendo aos seus amigos e familiares. "Se eu postar uma foto no Facebook com qualquer amiga minha, ou elas comentarem qualquer publicação minha, ele vai, as chama, ameaça, fala que vai matar, que vai bater, que se sair comigo vai apanhar."

Ela conta já ter registrado oito boletins de ocorrência contra ele, sempre que se vê ameaçada ou agredida na rua. Desde o primeiro, ela obteve o direito à medida protetiva, que o proíbe de se aproximar dela e da casa, além de manter contato por qualquer meio de comunicação, mas isso não tem surtido efeito.

    "De qualquer forma ele me ameaça, ele passa para os meus parentes que vou morrer, ele passa pra todo mundo, ele está avisando na realidade."

Para a cozinheira, a única alternativa é que a Justiça decrete a prisão preventiva do ex-marido.

"Tudo depende do juiz. Se o juiz quiser acreditar ou não, acredito que depois de tanta coisa que a gente está passando ele tem que acreditar. A gente está gravando os vídeos, a gente não está mais só falando, a gente está gravando, a gente está mostrando pra eles o que a gente está passando", diz.


Fonte: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/

Comentários

  1. O juiz só vai fazer algo depois que ela for assassinada ai eles vão fazer algo que justiça suja

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