Novo prefeito de Monte Azul Paulista vê desafio em mandato reduzido, mas promete mudanças.


Com dois anos de governo pela frente, Marcelo Otaviano (PHS) promete melhorar gestão de recursos em saúde e educação e adotar nomeações técnicas na administração.

Depois de eleito, o novo prefeito de Monte Azul Paulista (SP), Marcelo Otaviano (PHS), afirmou considerar um desafio o tempo reduzido de mandato que terá pela frente, mas que pretende implantar as mudanças necessárias com melhorias de gestão e nomeações técnicas para os cargos da administração.
"Quando a gente chega com mandato normal já se estima que é pouco quatro anos. Agora que são somente dois anos, as dificuldades são maiores", diz.

Com candidatura única, Otaviano foi confirmado como novo titular do Executivo até 2020 com 6.729 votos nas eleições suplementares do município, realizadas em paralelo ao pleito presidencial no domingo (28) depois da cassação de Paulo Sérgio David (PSDB) em agosto por abuso de poder político nas eleições 2016.

Ele chefiará a Prefeitura ao lado do vice, Percival Rogge (PP). A diplomação e a posse oficial estão marcadas para 29 de novembro.

O novo prefeito considerou positivo o resultado obtido nas urnas, apesar do total de abstenções - o equivalente a 16,27% do total -, de votos brancos - 15,69% - e nulos - 24,21%. Segundo ele, os números são menores se comparados aos registrados em um contexto geral.

"Se você pegar o descrédito da política, ele não é local, apenas em Monte Azul. É um descrédito geral, a nível Brasil, tanto que a não presença, a não participação do pleito em algumas cidades supera os 20%", diz.

Ele também argumenta que os resultados podem ter sido influenciados por fatores como a falta de um material de campanha para reforçar sua numeração nas urnas e do início do voto biométrico.

Otaviano também menciona que o fato de ter protagonizado uma candidatura única não o livrou de opositores políticos.

"Mesmo quando não se tem candidatos a gente tem uma concorrência em que os que não apoiam ou que estão atualmente no governo fazem aquele oba oba contra", afirma.


Novo mandato
De acordo com Otaviano, sua entrada no Executivo começa afetada por questões como o orçamento municipal de 2019, aprovado pela Câmara antes de ele ser eleito. Além disso, aponta que o período eleitoral em 2020, quando serão realizadas as novas eleições municipais, impõe limitações a partir do segundo semestre.

O prefeito eleito aguarda o convite do prefeito interino, o presidente da Câmara Antônio Sérgio Leal (PSD), para iniciar o processo de transição e obter mais informações sobre a situação da Prefeitura.

"O desafio é grande quando você coloca essas dificuldades, mas quando você coloca um planejamento, já tem um conhecimento técnico do Executivo, a gente já tem planejado algumas situações que a gente acredita ser possível fazer dentro da realidade que a gente encontrar na Prefeitura", disse.

Orçamento otimizado
Dentro desse contexto, ele pretende dar ênfase a problemas orçamentários da saúde e da educação, garantindo otimizar a utilização dos recursos.

"Duas pastas que nos chamam atenção que têm que melhorar a gestão: a saúde, com o valor que está se gastando dá pra se fazer muito mais com o mesmo valor, e a educação. Dá pra se oferecer uma educação de mais qualidade da que estamos tendo com gestão", defende.

Embora ainda não tenha tido acesso a dados oficiais, Otaviano acredita que o orçamento municipal caminha para um superávit e para um aumento em arrecadação.

Com notas baixas em receita própria, gastos com pessoal e investimentos, Monte Azul Paulista perdeu 25 posições, entre 2015 e 2016, no Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). Segundo o ranking mais recente, a cidade está na 199ª colocação do estado.

"Não temos o acesso, mas a informação de que no ano que vem a gente tenha uma melhora em relação à arrecadação, mas só vamos ter realmente a certeza e conhecer os números a partir do momento que for permitida a transição ou acesso aos números", disse.


Recursos externos
Ainda assim, o novo prefeito disse que pretende recorrer a recursos estaduais e federais para solucionar problemas como do asfaltamento no município, alvo de reclamação de moradores.

"A gente vai buscar sim fazer de imediato o recapeamento que for possível. A cidade realmente, em todo seu anel viário e várias vias públicas, encontra-se bem deteriorada, inclusive são motivos de acidentes."

Junto ao estado, Otaviano, também afirmou que pretende pleitear melhorias na segurança local, com aumento de efetivo e construção de uma nova base policial.

A nova configuração política confirmada após o segundo turno das eleições presidencial e estadual deve facilitar essa relação, segundo ele. "O presidente [eleito Jair Bolsonaro] disse que vai criar uma linha mais direta entre o poder federal e o município", disse.

Geração de empregos
Em relação à geração de empregos na cidade, Otaviano afirmou que pretende estimular a ida de empresas ao município e programas de qualificação da população.

Mas, antes disso, quer garantir a permanência daquelas que já movimentam a economia local.

"A primeira coisa que a gente tem a fazer é manter aqueles empregos que nós temos. Temos que buscar essas empresas, estender a mão e saber o que é que o poder público legalmente pode fazer para que os empregos sejam mantidos", explicou.

Fonte: EPTV - Ribeirão Preto


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