Junto há 75 anos, casal celebra Dia dos Namorados com amor e dança em Ribeirão Preto: ‘Almas gêmeas’.


Seu Oswaldo e dona Nelsinda se conheceram em 1942, durante matinê no antigo bairro Barracão. 'Eu gosto dele inteiro, da cabeça aos pés', diz a idosa.

O respeito, a cumplicidade e o amor pela dança são os segredos revelados pelos eternos namorados Oswaldo Genaro e Nelsinda Escarparo Genaro, ambos de 90 anos, para uma relação duradoura. Lá se vão 75 anos de convivência e quase 68 de um casamento sólido em Ribeirão Preto (SP).

“Os outros falam que nascemos um para o outro e que somos almas gêmeas. A gente se considera almas gêmeas. Nunca nos largamos ou brigamos e nunca fizemos algo errado”, diz dona Nelsinda.


O casal mora no bairro Parque Bandeirantes, zona leste da cidade, e compartilha tudo, desde as tarefas em casa, as caminhadas matutinas de mãos dadas e os bailes do Clube da Velha Guarda de Ribeirão Preto, onde dançam há 48 anos.

Os dois se conheceram em 1942, quando ela tinha 14 anos e ele 15. Era dia de baile no antigo bairro Barracão, atual Ipiranga. Na casa deles, fotografias em dezenas de porta-retratos estampam viagens, amigos, família. A maior parte das imagens mostra os dois nas pistas de dança em bailes em várias cidades do país.

“Eu fui numa matinê dançante, ele me tirou para dançar e estamos dançando até hoje. Quando a gente começou a namorar, íamos à Praça XV passear. Marcamos um encontro, eu fui com as minhas amigas, e ele com os dele. Não tinha lugar para nós sentarmos e fomos à Catedral. O meu pai trabalhava num posto de gasolina e passou um senhor que nos conhecia e o avisou. Meu pai foi lá bravo e disse: os dois pra casa! A partir daí, levamos a sério”, lembra Nelsinda.

Romance
O namoro durou oito anos e o casamento aconteceu em 1950, na Igreja Santo Antônio, em Ribeirão. “Namoro na época era muito sério. Para pegar na mão da moça, demorava uns dias. E para beijar, então? Era depois de muito tempo que acontecia um beijinho”, afirma seu Oswaldo.


Ele trabalhou a vida toda como marceneiro e dona Nelsinda se dedicou à confecção de vestidos de noiva, peças e roupas em crochê. Também produziu bolos de casamento e pinturas em quadros. Os dois não tiveram filhos, mas têm dois afilhados, considerados presentes.

“Deus não me deu filhos para eu sorrir ou para chorar. Não era um problema meu ou dele, é que Deus não quis mesmo. A gente aceitou tudo. Foi um casal morar na minha casa e a mulher, que já tinha dois filhos, ficou grávida do terceiro, o qual batizamos. Hoje, ele é considerado nosso filho. Ele que faz tudo para nós”, diz dona Nelsinda.

Ao longo do tempo, os dois sempre compartilharam os problemas, priorizaram a conversa e o bom convívio para não abalar a relação. São quatro bodas comemoradas ao lado de parentes e amigos.

“Eu gosto dele inteiro, da cabeça aos pés. Nós dois estamos sempre juntos, mesmo quando tinha família perto, combinávamos bem. Nunca ninguém interviu no nosso namoro, casamento ou nos interessamos em saber da vida dos outros”, afirma dona Nelsinda.

Confira mais em: http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/


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